A psicologia aborda a complexidade do ser humano, seu comportamento e seus processos mentais.
Dentre as diferentes facetas de estudo desta ciência, estão as chamadas fenômenos psicológicos. Quais são os fenômenos psicológicos mais comuns? Neste artigo vamos descobrir.
10 fenômenos psicológicos que merecem ser explicados
Nosso cérebro funciona de uma forma um tanto surpreendente, às vezes. Nós coletamos dez fenômenos psicológicos que você talvez não conhecesse e que você pode estar interessado em saber.
1. Dissonância Cognitiva
Isso significa que quando temos dois pensamentos ou crenças contraditórias, ou tomamos decisões e nos comportamos de maneira diferente do que pensamos, nos sentiremos mal ou teremos ansiedade ou desconforto. Quando tomamos consciência de tal desconforto ou tensão, as pessoas tendem inconscientemente a recuperar o equilíbrio para reduzir a dissonância. Então, podemos nos comportar ou argumentar a favor da decisão que tomamos, para nos dar tranquilidade e nos convencer de que fizemos a coisa certa.
Vejamos um exemplo: um soldado deve ir para a guerra mas pensa que não é certo matar outro ser humano. Se você matou alguém, pode argumentar que fez isso para defender o país. Outro exemplo é o fumante que sabe que fumar lhe faz mal e que aumenta as chances de contrair câncer e outras doenças. A publicidade e as campanhas que proíbem fumar em locais públicos aumentam a tensão e a contradição internas. Sabemos que fumar mata, mas preferimos negar. Tem gente que diria: “temos que morrer de alguma coisa”, “o médico me disse que meus pulmões estão impecáveis”, “eu controlo”, etc., e assim diminuímos a tensão.
2. Alucinações são comuns
Um terço das pessoas relatam ter tido alucinações em algum momento de suas vidas.. Da mesma forma, as pessoas comuns costumam ter pensamentos paranóicos. O cérebro age assim para suprir a falta de informação. O problema é quando isso acontece com muita frequência, pois pode ser um alarme de problemas em determinadas regiões do cérebro.
Sabe-se que quando esquizofrênicos têm alucinações é porque a região que seria responsável pelo envio da mensagem está realmente ativada. Os sons, imagens ou cheiros que percebem realmente existem para eles, mesmo que não haja nenhum estímulo que os desencadeie.
3. O efeito placebo
Ocorre quando o sujeito acredita que uma droga ou medicamento tem efeito sobre ele, embora esse efeito não tenha base fisiológica. Exemplos de placebo são muitos produtos com “efeitos mágicos e milagrosos” vendidos em farmácias, pulseiras energéticas, etc.
Os pesquisadores encontraram algumas curiosidades como:
- Quanto maiores as pílulas, mais elas curam
- Dois comprimidos curam mais de um
- Os azuis curam mais que os vermelhos
- As pílulas de placebo curam mais do que certas pílulas
- As injeções curam mais do que os comprimidos
- Existem também testes de placebo: raios-x, tomografias…
4. Obediência à autoridade
Numerosos estudos mostram como as pessoas no poder podem controlar os nossos comportamentos e levar-nos a fazer coisas que não queremos. No famoso estudo de Stanley Milgram, 63% dos participantes continuaram a dar choques eléctricos a outro ser humano só porque alguém com autoridade lhes disse para o fazer.
5. Escolhas mediadas por emoções
Não somos muito bons em tomar decisões nem em entender por que fazemos essas escolhas. Como diz o comunicador científico Eduardo Punset, “fomos ensinados a ser muito lógicos e razoáveis ao tomar decisões, mas acontece que não existe uma única decisão razoável que não esteja contaminada por uma emoção. Não há projeto que não comece com uma emoção. E não há projeto que não termine por causa de uma emoção.”
Além disso, quando tomamos uma decisão, mesmo que a decisão não seja boa, tendemos a racionalizar por que essa decisão é a melhor opção. O Marketing Emocional é responsável por reunir esse conhecimento e aplicá-lo para seduzir nossas emoções e nos levar a comprar um produto específico.
6. Fantasiar reduz a motivação
Pensar que já tivemos sucesso no passado pode reduzir a nossa motivação. Além disso, poderíamos considerar válido o argumento de que pensar no sucesso nos leva inevitavelmente a criar as condições para que ele aconteça, mas na realidade isso é bastante contraproducente.
7. Brainstorming não funciona
Como mostraram os estudos de B. Nijstad (2006), o pensamento de grupo reduz o poder de chuva de ideias, porque em grupos as pessoas são mais preguiçosas e se preocupam mais com o que os outros pensam. É melhor pensar sozinho na hora de criar ideias.
- Neste artigo explicamos completamente por que o Brainstorming não funciona.
8. Não devemos reprimir pensamentos
Ao interromper os pensamentos, você realmente consegue pensar ainda mais neles. É uma das estratégias mais utilizadas por pessoas que sofrem de TOC e a maioria presume que essa tática raramente os ajudou.
9. Podemos treinar multitarefa
Em geral, A multitarefa reduz a eficiência porque temos que alocar diferentes recursos cognitivos para diferentes tarefas simultaneamente. Mas estudos recentes mostram que você pode aprender a realizar multitarefas. Você apenas tem que treinar.
10. São as pequenas coisas que importam
Achamos que são os grandes acontecimentos da nossa vida que nos mudam ou nos fazem felizes, mas na realidade são as pequenas coisas que se somam e nos tornam quem somos.
Como em O Alquimista devemos ter consciência de que o percurso de vida deve ser valorizado por si mesmo, em cada uma das suas circunstâncias, independentemente da concretização das conquistas a que aspiramos.