Autogestão da aprendizagem: o que é e quais são seus elementos e fases

Autogestão da aprendizagem: o que é e quais são seus elementos e fases

Existem muitos métodos de ensino diferentes, mas aprendendo autogestão Possui algumas características que o tornam único.

A seguir nos aprofundaremos nos detalhes deste modelo para podermos entendê-lo em profundidade e assim poder conhecer as peculiaridades que tornam este sistema tão importante. Da mesma forma, exploraremos os diferentes fatores que devem ser incluídos, bem como as fases deste processo.

O que é autogestão da aprendizagem?

A autogestão da aprendizagem é um processo de treinamento baseado no fato de o próprio aluno assumir o controle do procedimento e, portanto, estabelecer os objetivos o que desejam alcançar e gerenciar seu próprio trabalho sobre os conteúdos para integrá-los como conhecimento. Este modelo também é conhecido como aprendizagem autogerenciada ou aprendizagem autorregulada.

Portanto, a principal chave deste processo é o peso que ele atribui à figura do aluno, tornando-se ao mesmo tempo seu próprio professor, pois deve atuar de forma ativa, gerindo-se ao longo do processo de aprendizagem e conseguindo desta forma o cumprimento dos objetivos traçados, ou seja, a aquisição dos conhecimentos originalmente propostos.

A autogestão da aprendizagem abrangeria todos os processos cognitivos além dos comportamentos que o indivíduo realiza ao longo de todo o processo. Mas o fator chave para explicar este fenômeno é sem dúvida a motivação, pois sem ela é praticamente impossível para uma pessoa realizar uma correta autogestão da aprendizagem, pois precisa de um motivo para se obrigar a colocar todos os seus serviços mentais ao seu serviço. deste processo.

Elementos de autogestão da aprendizagem

A autogestão da aprendizagem implica o aparecimento de uma série de elementos para que possamos considerá-la como tal. São eles que veremos a seguir.

1. Interesse

Já previmos que a motivação é a espinha dorsal deste procedimento. Esta motivação implica de uma forma ou de outra um interesse, que pode ser a utilidade que o conhecimento ou habilidade que você está aprendendo lhe trará.talvez uma perspectiva de trabalho promissora em decorrência dessa mudança, a qualificação para exercer determinada atividade ou simplesmente o desejo de saber mais sobre determinado tema ou área do conhecimento.

Os motivos pelos quais o objeto de aprendizagem é de interesse são muito pessoais e dependerão de cada indivíduo, mas devem sempre existir, pois são necessários para alcançar um efeito de automotivação.

Pelo contrário, se não houver absolutamente nenhuma razão que motive uma pessoa a embarcar na missão de adquirir determinado conhecimento ou habilidade, é pouco provável que o faça e, portanto, o fenómeno da autogestão da aprendizagem não pode ocorrer.

2. Atribuição

O segundo elemento que encontramos quando falamos em autogestão da aprendizagem é a atribuição, ou seja, o que a pessoa que inicia este processo espera alcançar com ele. Pode ser aprender uma nova habilidade ou conhecimento ou conseguir uma promoção. Não é o interesse em si, mas a perspectiva em si que se espera alcançar.

3. Automonitoramento

Outro elemento necessário para poder seguir o caminho da autogestão da aprendizagem é o automonitoramento. Oque quer dizer? Que O indivíduo deve ser capaz de olhar para si mesmo com perspectiva durante o processo para perceber onde está.quais os possíveis problemas que encontra e qual a forma de os resolver ou em geral se o processo está a ser eficaz ou se, pelo contrário, deve adoptar novas estratégias para atingir o objectivo que pretende.

4. Autoeficácia

Para realizar a autogestão da aprendizagem é fundamental acreditar que somos capazes de o fazer porque temos as ferramentas adequadas, sejam manuais a que recorrer, tempo suficiente, motivação, etc. Graças a ele Geramos uma percepção de autoeficácia sem a qual dificilmente veríamos a meta proposta como um cenário viável. e portanto não iniciaríamos o processo, ou o abandonaríamos, pelas expectativas de fracasso que teríamos.

5. Autoconsciência

Se tivermos todos os elementos anteriores e estivermos num processo de autogestão da aprendizagem, podemos rever os novos conhecimentos ou competências que estamos incorporando em nós, temos consciência disso. Assim, a autoconsciência é outro elemento que aparece quando falamos desse procedimento.

6. Recursão

Finalmente, o último fator envolvido na autogestão da aprendizagem é o da recursividade. Trata-se da capacidade que as pessoas têm de utilizar os recursos que temos à nossa disposição de maneiras muito diferentes para atingir objetivos diferentes. Neste caso seria orientar nossos recursos e capacidades para chegar cada vez mais perto do objetivo de aprendizagem que propusemos e assim integrar a habilidade ou conhecimento que queríamos originalmente.

Fases de acordo com o modelo Winne e Hadwin

A autogestão da aprendizagem possui diversos modelos que tentam explicá-la da forma mais correta possível. Um deles é dos autores Philip H. Winne e Allyson Fiona Hadwin. Esses pesquisadores falam de um processo que se dá em quatro fases, que veremos a seguir.

1. Abordagem da tarefa

A primeira coisa que uma pessoa disposta a aprender fará é abordar a tarefa. Desta maneira avaliará sua motivação e os recursos que você tem disponíveis para iniciar o desafio. A percepção que o sujeito terá sobre a tarefa é uma questão totalmente individual, portanto será diferente para cada pessoa.

2. Definição de metas

Uma vez que o aluno tenha avaliado a tarefa que tem pela frente, ele estará em condições de definir as metas que julgar adequadas e também elaborar um plano que lhe permita gerenciar seus recursos para atingir esses objetivos. Da mesma forma, metas são uma decisão que depende de cada pessoa.

3. Implementação do plano

Uma vez orientado para a tarefa e com um plano definido em mente, é hora de agir e executá-lo. Este seria o terceiro passo da autogestão da aprendizagem. Para tal, terão de aplicar as suas competências e recursos para que as estratégias que escolherem para atingir os objetivos estabelecidos sejam tão eficientes quanto possível.

4. Reorientação

Obviamente, muitas vezes não é possível atingir os objetivos traçados na primeira tentativa, mas isso faz parte do processo de aprendizagem da autogestão. É por isso que a quarta fase se refere à reorientação do plano, aprender com as falhas e erros que encontramos e assim poder nos aproximar cada vez mais de uma estratégia satisfatória que em última análise nos leva ao cumprimento dos objetivos e, portanto, à aquisição da nova habilidade ou conhecimento.

Nessa fase, os objetivos podem ser reorientados, todo o plano alterado, o uso dos recursos variado, e a tarefa pode até ser totalmente abandonada caso a pessoa descubra que avaliou incorretamente a viabilidade, caso não tenha mais interesse por qualquer motivo .ou ou se você decidir gastar seu tempo em outra tarefa diferente que naquele momento o motive mais ou com a qual aparentemente você terá maior sucesso.

Autogestão da aprendizagem na prática

Existem vários mecanismos que permitem trazer para um cenário prático a autogestão da aprendizagem, especialmente no contexto de ensino. Vamos ver as estratégias mais utilizadas.

1. Autoavaliação

Através da autoavaliação, o aluno pode abordar a tarefa, perceber onde está, quais recursos possui e assim poder traçar um plano que o levará ao alcance do aprendizado.

2. Comparação pré-pós

Geralmente são utilizados exercícios de comparação pré-pós, ou seja, antes e depois de passar pelo processo de ensino. Dessa forma o aluno poderá realizar uma introspecção sobre o próprio aprendizado e perceber as mudanças que aconteceram dentro de si e quais conhecimentos você integrou ou o que deveria tentar fortalecer.

3. Pensando em voz alta

Outra estratégia utilizada para a autogestão da aprendizagem é tente verbalizar ativamente todo o processo de pensamento O que acontece na mente do aluno quando ele está tentando resolver uma tarefa específica.

4. Bateria de perguntas

Pode-se propor também ao aluno que, ao se deparar com um novo material didático, ele mesmo desenvolva uma série de questões a serem resolvidas. Ser capaz de respondê-las corretamente implicará que foi realizada uma integração de conhecimentos.

5. Ensino mútuo

Outra tática que alguns professores usam é Proponha aos seus alunos que eles próprios tentem ensinar certas questões aos colegas sobre o assunto que estão tratando. Graças a isso, passarão por uma autogestão da aprendizagem que lhes permitirá posteriormente se tornarem professores dos demais alunos.


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