O transtorno bipolar afeta homens e mulheres de maneira diferente

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Nos países mais desenvolvidos, o transtorno bipolar parece comportar-se de forma diferente dependendo do sexo. A questão é: Por que as mulheres parecem ser mais vulneráveis ​​a esta condição?

Para que você tenha muito mais informações sobre o assunto, vamos explorar o que é o transtorno bipolar, como reconhecê-lo e qual o papel do gênero na sua incidência, dependendo de onde você está no mundo.

O que é transtorno bipolar?

O transtorno bipolar é um problema de saúde mental que afeta cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Caracteriza-se por mudanças extremas de humor: por exemplo, é possível passar de momentos de grande energia e euforia (mania ou hipomania) a outros de grande tristeza e exaustão (depressão).

Durante a mania, alguém pode se sentir invencível, hiperativo e com vontade de fazer qualquer coisa; enquanto na depressão tudo parece difícil: não há energia, nem vontade de fazer as coisas, nem prazer em atividades que antes eram divertidas.

O transtorno bipolar afeta as emoções e a maneira como você se sente também tem uma clara influência em muitos outros aspectos da vida, por isso é comum que, sem o tratamento adequado, os relacionamentos, o trabalho e o dia a dia se compliquem.

Além disso, esse transtorno costuma aparecer junto com outros problemas, como ansiedade ou abuso de substâncias, o que torna seu manejo mais difícil. Apesar de ser uma doença grave, muitas pessoas não recebem o diagnóstico ou tratamento de que necessitam, em parte devido ao estigma e à falta de acesso a serviços de saúde mental.

Como reconhecê-lo? Alguns sintomas comuns

Identificar o transtorno bipolar nem sempre é fácil, pois os sintomas podem variar muito. Mesmo assim, existem alguns sinais que podem dar pistas:

Durante episódios de mania ou hipomania

  • A pessoa geralmente se sente extremamente feliz ou eufórica sem motivo claro.
  • Ela tem muita energia ou fica inquieta o tempo todo.
  • Ele dorme muito menos do que o normal e ainda se sente bem.
  • Você fala rápido, muda de assunto constantemente ou tem ideias transbordantes.
  • Ele age sem pensar, às vezes gasta muito dinheiro ou toma decisões arriscadas.

Durante episódios depressivos

  • A pessoa geralmente se sente triste, vazia ou sem esperança.
  • As coisas que ele gostava não lhe interessam mais tanto.
  • Ela está sempre cansada ou sem energia.
  • Você tem dificuldade para dormir ou dorme demais.
  • Você pode pensar constantemente na morte ou até mesmo em se machucar.

Mas tenha cuidado! É preciso lembrar que nem todas as pessoas apresentam os mesmos sintomas ou os sentem com a mesma intensidade. Se alguma dessas coisas lhe parece familiar, é importante considerar a possibilidade de procurar ajuda profissional.

O género influencia a incidência da doença?

Estudos recentes mostram que as mulheres têm maior probabilidade de serem diagnosticadas com transtorno bipolar, especialmente nos países desenvolvidos. Por exemplo, de acordo com dados de Estudo sobre a carga global de doenças 2021as mulheres entre 30 e 34 anos são as que apresentam mais diferenças em relação aos homens.

Por que isso está acontecendo?

Existem vários motivos possíveis que podem influenciar esses resultados:

Por um lado, o fator biológico pode ter algo a ver com isso. Hormônios, como estrogênio e progesterona, parecem estar ligados a alterações de humorespecialmente durante o ciclo menstrual, gravidez ou menopausa.

Por outro lado, existem elementos socioculturais que influenciam, pois em locais onde as mulheres têm mais liberdade para expressar as suas emoções e tomar decisões, elas também há mais casos relatados de problemas de saúde mental.

Sugere-se também que, como as mulheres nestes países podem sofrer menos pressão para seguir papéis tradicionais, isso poderia levar a um maior impacto emocional na tomada de decisões mais complexas.

Também é importante mencionar que nessas regiões é mais fácil receber diagnóstico e tratamento, o que aumenta o número de casos notificados. Além disso, as mulheres tendem a procurar ajuda médica com mais frequência do que os homens, o que pode explicar porque são detectados mais casos entre elas. eles.

Por último, o estudo sugere que As diferenças de género também têm a ver com a personalidade, a auto-estima e a forma como homens e mulheres lidam com o stress. Estas diferenças são especialmente visíveis nos jovens, entre os 20 e os 34 anos.

O que podemos refletir sobre isso?

O transtorno bipolar afeta homens e mulheres de maneira diferente, e compreender essas diferenças pode ajudar a melhorar as estratégias de tratamento e prevenção. Embora, de acordo com os estudos revisados, as mulheres estejam mais predispostas a desenvolver esta condição, elas também tendem a ter mais oportunidades ou disposição para procurar ajuda.

Definitivamente, colocar estas questões em cima da mesa para compreender como nos afetam, dependendo do nosso género e contexto, é um passo importante para quebrar o estigma e melhorar a qualidade de vida daqueles que enfrentam a perturbação bipolar.

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