Os transtornos mentais são diagnosticados com relativa frequência hoje em dia. Todo mundo já ouviu falar de alguma patologia relacionada à saúde mental.
Na realidade, esses transtornos mentais (ou doenças mentais) têm origem em distúrbios neurológicos e psicológicos que, por sua vez, causam comportamentos anormais nas pessoas afetadas.
Doenças mentais: do comum ao estranho
A maioria dos distúrbios está relacionada a uma área específica do cérebro ou do sistema nervoso, embora as causas de cada um deles possam ser diferentes e até desconhecidas pela comunidade científica.
As doenças mentais afetam um grande número de pessoas. Em termos estatísticos, diz-se que Um terço da população sofrerá de algum tipo de transtorno mental durante a vida..
Abaixo vou revelar uma lista contendo alguns dos transtornos mentais mais graves.
10. Transtorno de Personalidade Antissocial
A pessoa que sofre deste transtorno é caracterizada por sua tendência a não interagir em sociedade, evitando qualquer interação.
Os diferentes sintomas e comportamentos que caracterizam o TASP incluem: roubo, agressão, tendência à solidão, violência, mentira… Além disso, as pessoas afetadas pelo TASP tendem a ser tímidas, deprimidas e a apresentar ansiedade social. Este último ponto se deve ao medo de serem rejeitados. Em suma, a terapia psicológica é muito eficaz no tratamento dos problemas de transtorno anti-social.
9. Síndrome de Estocolmo
A Síndrome de Estocolmo é um transtorno mental relativamente comum em pessoas que foram vítimas de sequestro. Eles mostram algum tipo de sentimento positivo em relação aos seus captores.
Os registros policiais internacionais mostram que cerca de 27% das vítimas de sequestro apresentam esse transtorno.
A Síndrome de Estocolmo também se aplica a casos como abuso infantil, estupro ou maus-tratos. Não é um transtorno vivenciado de forma angustiante, mas chama muita atenção por ser de difícil compreensão.
8. Síndrome de Lima
A Síndrome de Lima é, justamente, um distúrbio oposto à Síndrome de Estocolmo. Neste caso, sequestradores mostram simpatia por seu refém.
Esta desordem foi cunhada após um incidente ocorrido na capital do Peru em 1996. O MRTA sequestrou centenas de políticos, diplomatas e militares na embaixada japonesa em Lima. Horas depois, os sequestradores começaram a simpatizar com os reféns e gradualmente os libertaram.
7. Transtorno Obsessivo Compulsivo
O Transtorno Obsessivo Compulsivo é um transtorno de ansiedade caracterizada por pensamentos recorrentes que produzem medo, inquietação, preocupação, comportamentos compulsivosetc.
Alguns dos sintomas do TOC são verificação compulsiva, lavagem ou limpeza excessiva, pensamentos religiosos, rituais nervosos, como abrir portas um certo número de vezes antes de entrar na sala, ou aversões irracionais a certas figuras. Felizmente, a psicoterapia e o aprendizado de alguns hábitos permitem uma ótima qualidade de vida às pessoas afetadas.
6. Dislexia
Dislexia É um distúrbio de aprendizagem. A pessoa disléxica não consegue ler corretamente devido à discrepância entre o potencial de aprendizagem e o seu nível de desempenho, sem qualquer tipo de problema, seja deficiência sensorial, física, motora ou educacional. Isso causa certos desequilíbrios na leitura que, por sua vez, podem causar outros tipos de aprendizagem e psicopatologias de autoimagem.
Como consequência, as pessoas afetadas pela dislexia apresentam sérios problemas de compreensão de leitura. Felizmente, em nossa época, a intervenção e o tratamento oferecem muitas garantias para lidar com esse transtorno e, na idade adulta, a grande maioria dos disléxicos não tem problemas para escrever corretamente.
5. Mutismo Seletivo
O Mutismo Seletivo é um distúrbio psiquiátrico que faz com que a pessoa seja incapaz de falar em determinados ambientes sociais ou com certas pessoas. Normalmente, o Mutismo Seletivo está associado à timidez e à ansiedade social.
É relativamente comum em crianças. Ao iniciarem a escolaridade, alguns não pronunciam uma palavra, apesar de falarem fluentemente em casa. Só a continuidade deste comportamento ao longo do tempo pode nos alarmar sobre um caso de EM. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem aos poucos.
4. Esquizofrenia
Esquizofrenia é um transtorno mental causado por uma anormalidade nos processos cognitivos e uma resposta emocional deficiente. A pessoa afetada sofre alterações na percepção ou expressão da realidade. Recentemente, houve importantes avanços científicos na esquizofrenia.
Esse distúrbio é comumente conhecido como aquele em que a pessoa afetada ouve muitas vozes em sua cabeça, e essas vozes são percebidas como externas ao seu corpo. Esses sintomas podem ou não ocorrer. Os sintomas gerais da doença, no entanto, tendem a ser linguagem e pensamento desorganizados, delírios, alucinações (entre as quais poderíamos referir as famosas ‘vozes’), distúrbios afetivos e comportamento inadequado.
Embora tenha sido um distúrbio amplamente estudado, ainda é considerado um distúrbio complexo com um grande amálgama de sintomas. O tratamento psiquiátrico e psicológico tem se mostrado altamente eficaz no controle desse transtorno.
3. Transtorno Dissociativo de Identidade
O Transtorno Dissociativo de Identidade, ou Transtorno de Personalidade Múltipla, é um transtorno de identidade. A pessoa afetada por este transtorno desenvolve mais de uma personalidade e mostra diferentes comportamentos e comportamentos em diferentes situações. No artigo “Transtorno de Personalidade Múltipla” você tem muito mais informações sobre as características daquele que é considerado um dos transtornos mentais mais graves.
Costuma-se dizer que as pessoas com TDI mudam radicalmente o seu comportamento e, posteriormente, não se lembram desse episódio.
É um dos transtornos cujos portadores convivem com maior preocupação, bem como um dos mais polêmicos da comunidade científica pela dificuldade dos dispositivos psicométricos em diagnosticá-lo e pela falta de tratamento eficaz. De qualquer forma, nos últimos anos houve passos importantes na melhoria dos tratamentos.
2. Automutilação/suicídio
A pessoa que sofre deste transtorno mental tenta se matar (ou tenta chamar a atenção devido a esses comportamentos). Esses comportamentos incluem cortar mãos ou braços, queimar, etc.
Neste tipo de transtorno mental, a pessoa tenta se machucar ou até tirar a própria vida. Normalmente, esse comportamento pode ser motivado não pela obtenção da morte, mas por algum tipo de atenção que recebem ao apresentar esse comportamento, que se refere a um distúrbio subjacente que geralmente é grave.
1. Síndrome de Cotard
Neste raro distúrbio psiquiátrico, A pessoa afetada acredita que morreu ou que perdeu sangue ou algum órgão interno. Este delírio pode ser perigoso, pois a pessoa perturbada pode agir de forma imprevisível. Esse tipo de comportamento está frequentemente associado a personalidades niilistas e hipocondríacas.
A Síndrome de Cotard recebe o nome de Jules Cotard, que foi o primeiro médico a diagnosticar esta estranha condição. Ele descreveu as diferentes fases do distúrbio numa tese escrita em Paris em 1880.
As pessoas afetadas pela Síndrome de Cotard recusam o contato social e negligenciam o seu bem-estar pessoal. Sua causa comumente reside em patologias neurológicas ou mentais e está associada à desrealização e à depressão.
Referências bibliográficas:
- Barlow, DH (2003). Psicopatologia. Ed. Thomson
- Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-IV. (novecentos e noventa e cinco). Ed. Masson e DSM-IV-TR (2002)
- Vallejo, J (Ed.). (2006). Introdução à Psicopatologia e Psiquiatria. Barcelona: Masson.