Yoga e Gravidez: os efeitos desta prática na gravidez

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O Yoga, apesar de ser uma disciplina milenar com origem na Índia, ganhou grande importância e reconhecimento nas sociedades ocidentais nas últimas décadas. Sua popularização se espalhou tanto que são muitas as áreas em que está sendo aplicado devido aos seus múltiplos benefícios.

Hoje, inúmeras pessoas o praticam. É cada vez mais comum encontrar propostas de aulas em que o foco principal vai desde crianças até idosos. Existem tantos tipos de yoga que parece difícil não encontrar um que atenda às suas necessidades.

No entanto, É apropriado que as mulheres pratiquem ioga durante a gravidez? Neste artigo responderemos a essa pergunta e abordaremos outros aspectos interessantes relacionados ao tema. Falaremos sobre benefícios, riscos e considerações a serem levadas em consideração. Além disso, falaremos também sobre as posturas mais recomendadas em cada trimestre.

É aconselhável fazer ioga durante a gravidez?

Apesar do que se pensa ou se diz há muitos anos, o exercício físico – sempre adaptado às necessidades e condições de cada pessoa e da gravidez – é um aspecto essencial durante a gravidez. São muitas e muito importantes as mudanças que uma mulher vivencia durante esse período, tanto física, emocional e mentalmente.

Portanto, manter uma rotina de exercícios físicos, adaptada às necessidades, traz grandes benefícios. Da mesma forma, é fundamental manter hábitos alimentares equilibrados e, claro, procurar descansar as horas necessárias. As necessidades do nosso corpo mudam ao longo da gravidez e devemos ouvi-las.

Levando isso em consideração, podemos afirmar que, em termos gerais, o yoga é uma opção muito boa durante a gravidez. No entanto, é fundamental que cada pessoa avalie, tanto a nível pessoal – de acordo com os seus gostos – como a nível médico, se é uma opção adequada para o seu caso específico. Esta prática pode não ser segura ou aconselhável para todas as mulheres grávidas.

Benefícios da ioga durante a gravidez

Como podemos constatar na prática regular de yoga, os benefícios que esta disciplina traz são múltiplos. Abaixo estão alguns dos principais benefícios observados tanto física, emocional e mentalmente. Porém, é importante ter em mente que cada pessoa é única.

Benefícios físicos

Os principais benefícios que podem ser sentidos a nível físico são os seguintes:

  • Redução ou desaparecimento do desconforto postural ou muscular.
  • Melhora a propriocepção, ou seja, a consciência do próprio corpo.
  • Fortalece o assoalho pélvico e mantém a cintura abdominal ativa.
  • Aumento do tônus ​​muscular.
  • Melhora a flexibilidade e a força.
  • Fortalece as articulações.
  • Melhora a circulação e reduz o inchaço.
  • Reduz a probabilidade de sofrer de dores lombares.
  • Permite realizar exercício físico sem impacto.
  • Diminuição da frequência cardíaca e regulação da respiração.
  • Melhora a regulação do sistema nervoso.

Benefícios emocionais

A nível emocional, mental e psicológico, também existem múltiplos benefícios que têm sido frequentemente observados. Alguns são mencionados abaixo:

  • Redução do estresse e da ansiedade.
  • A integração de técnicas respiratórias também é benéfica para o trabalho de parto.
  • Conexão mais profunda com o bebê.
  • Ancore-se no momento presente, saia do piloto automático.
  • Diminuição de pensamentos intrusivos e ruminação.
  • Menos probabilidade de sofrer de depressão pós-parto.
  • Ajuda no controle da dor durante o parto.
  • Promove a regulação emocional.

Considerações e precauções

Apesar dos múltiplos benefícios explicados na seção anterior, não podemos esquecer que a gravidez é uma fase vital na qual alguns cuidados devem ser tomados. Portanto, é fundamental que antes de iniciar qualquer tipo de atividade física, inclusive o yoga, tomemos consciência da nossa realidade e condição física.

Então, É altamente recomendável consultar a parteira que a acompanha durante a gravidez ou os profissionais competentes, se necessário.. Os profissionais levarão em consideração tanto a condição física da gestante quanto o estado da gravidez e as particularidades de cada caso. Se não for aconselhável fazer ioga, podem oferecer outras alternativas.

O que é seguro para algumas mulheres pode não ser seguro para outras. Alguns profissionais recomendam não iniciar a prática de yoga antes das 12 semanas de gravidez para mulheres que nunca praticaram yoga ou esportes em geral.

Por outro lado, é importante não perder de vista que as necessidades do corpo mudam de trimestre para trimestre e é fundamental ouvir o corpo. Nesse sentido, é fundamental incorporar o material necessário para adaptar a prática. Na mesma linha, será necessário modificar algumas posições.

Não é recomendado realizar posições de bruços para evitar apoiar todo o peso sobre a barriga.. Da mesma forma, posturas invertidas não são recomendadas (se não forem perfeitamente dominadas), pois podem causar tonturas ou até quedas. Além disso, posturas em que as costas ficam hiperestendidas ou a cintura abdominal é forçada excessivamente não são recomendadas.

Em qualquer caso, é recomendável interromper a atividade e consultar um profissional médico caso sinta algum dos seguintes sinais de alerta:

  • Dor abdominal.
  • Sangramento vaginal.
  • Tonturas ou desmaios.
  • Dor no peito.
  • Sensação de falta de ar.
  • Forte dor de cabeça.
  • Inchaço repentino das extremidades.

Posturas mais recomendadas

As posições mais recomendadas variam de acordo com a fase da gravidez. Por exemplo, Durante o primeiro trimestre, posturas suaves, simples e relaxadas costumam ser priorizadasjá que o corpo ainda está em adaptação e podem estar presentes náuseas, tonturas e falta de energia.

Durante o segundo trimestre, é provável que a barriga tenha começado a aparecer e algumas posturas precisem ser adaptadas. Normalmente, você também sente um aumento de energia durante essas semanas. As posturas geralmente são focadas naquelas que permitem descarregar e aliviar a tensão na região lombar. Os círculos gato/vaca e quadril são altamente recomendados neste momento.

No último trimestre, o equilíbrio pode ser prejudicado pela barriga e pelo ganho de peso. Por isso, é especialmente importante garantir a estabilidade nas posturas e evitar possíveis riscos de queda. Posturas que estimulam a abertura dos quadris, como deusa ou guerreira, costumam ser priorizadas, pois auxiliam no parto.

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